domingo, outubro 13

Na Agroleite, Arena Paraná apresenta projetos científicos e programas para os produtores


O Governo do Estado participa nesta semana do Agroleite 2024, uma das maiores e mais importantes feiras da América Latina dedicada à pecuária leiteira, que acontece em Castro, nos Campos Gerais do Paraná, e atrai produtores, empresas, profissionais e pesquisadores, que atuam no setor em todo o Brasil e em outros países.

A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) organizou o estande Arena Paraná, que reúne projetos científicos para a cadeia produtiva do leite. Os produtores também recebem informações sobre o Banco do Agricultor Paranaense, coordenado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, sobre as certificações e serviços ofertados pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), e muito mais.

Para o secretário em exercício da Seti, Jamil Abdanur Júnior, o evento é uma plataforma para o intercâmbio de conhecimentos e o fortalecimento da cadeia produtiva do leite. “Com a troca de experiências entre as universidades, os produtores e os empresários que integram a cadeia produtiva do leite, e com o apoio da ciência e tecnologia, é possível potencializar a produção leiteira e assegurar mais qualidade e competitividade para a cadeia produtiva”, salienta.

Um dos projetos é a Escola Tecnológica de Leite e Queijos dos Campos Gerais (ETL Queijos), uma iniciativa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A instituição de ensino superior é referência em pesquisa e educação no setor agropecuário, atuando para elevar a qualidade e a competitividade dos produtos lácteos da região, que é posicionada como a maior bacia leiteira do Brasil e polo de excelência do setor.

A ETL Queijos contribui para aprimorar as práticas e técnicas de produção de leite e queijos, a partir da formação avançada e do suporte técnico para os produtores locais.

Doutor em Ciência e Tecnologia de Alimentos, o produtor Paulo Ricardo Los destaca a importância da qualificação técnica. “A qualificação possibilita uma base teórica e prática para que os produtores possam melhorar a qualidade dos queijos e agregar mais valor aos produtos, com impacto no aumento da renda e do faturamento”, afirma o produtor, que também atua como professor da ETL Queijos nos módulos de queijos semiduros e de queijos de mofo branco.

No espaço do governo, os visitantes podem degustar queijos dos tipos Alpino e Gouda Lavanda, produzidos e comercializados pelo Lavandário Het Dorp, no município de Carambeí.

PESQUISAS Outras ações de destaque da Arena Paraná são duas pesquisas da Universidade Estadual de Londrina (UEL), realizadas no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para a Cadeia Produtiva do Leite (INCT-Leite). Um dos estudos é da médica veterinária Juliane Ribeiro. Trata-se de um projeto de pós-doutorado na área de sanidade animal, campo científico que engloba práticas e medidas para prevenir, controlar e erradicar doenças que afetam a saúde dos animais.

Relacionada à reprodução animal, a outra pesquisa é da médica veterinária Pamela Soares, aluna de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UEL. Ambos os projetos abordam aspectos inovadores e sustentáveis da cadeia produtiva do leite, incluindo técnicas de manejo, controle de qualidade e estratégias para melhorar a eficiência produtiva.

O INCT-Leite atua com pesquisa e extensão para a formação de estudantes de graduação e de pós-graduação das áreas de medicina veterinária e zootecnia. A iniciativa envolve parceiros do setor público e da iniciativa privada, como produtores rurais, indústrias e rede varejista, com a finalidade de elevar a produção e a qualidade do leite, com foco na sustentabilidade e melhoria da produtividade e competitividade empresarial. 

“A participação das universidades estaduais no Agroleite reflete a importância da ciência e tecnologia com foco na pesquisa acadêmica e confirma o compromisso do Paraná com o desenvolvimento sustentável e a valorização da produção local”,  diz Jamil Abdanur.

CERTIFICAÇÕES – Também presente no Agroleite 2024, o Tecpar apresenta o portfólio de serviços, como a certificação de produtos orgânicos e a certificação de Sistemas de Gestão de Qualidade. A instituição é referência nacional nessas duas certificações. Na Arena Paraná, os produtores também podem conferir o projeto do novo Laboratório de Pesquisa e Produção de Insumos para Diagnósticos Veterinários, que está em construção na sede do Tecpar, em Curitiba.

A nova unidade laboratorial irá fabricar insumos para o diagnóstico da brucelose, tuberculose e leucose bovina, doenças infecciosas que afetam o gado, com implicações significativas para a saúde animal e a produção pecuária. A capacidade produtiva prevista é de 40 milhões de doses anuais. O investimento do Governo do Estado no empreendimento é de R$ 41,5 milhões, por meio do Fundo Paraná, administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

CRÉDITO No evento, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, por meio do Núcleo Regional de Ponta Grossa, divulga a linha de crédito do Banco do Agricultor Paranaense, que concede subvenção econômica para pecuaristas, totalmente sem juros. A pasta também promove uma cartilha de programas de apoio à agricultura familiar e orientação sobre doenças que afetam os rebanhos e impactam a produção pecuária.

No local estão técnicos da Agência de Desenvolvimento Agrário do Paraná (Adapar), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e das Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa).

A Fomento Paraná, instituição financeira do governo estadual que atua com oferta de crédito, e a Invest Paraná, agência que atua na atração de investimentos produtivos ao Estado, também estão na Arena Paraná com atendimento aos produtores rurais.

PARQUE TECNOLÓGICO – Nesta quinta-feira, o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou um memorando de entendimento com a cooperativa Castrolanda para a implantação do Parque Tecnológico Agroleite. Com apoio do Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação do Paraná (Separtec), o novo empreendimento irá integrar universidades, centros de pesquisa e startups para o desenvolvimento de soluções tecnológicas relacionadas à produção de derivados do leite.

FONTE: AEN/PR